FABRICADO NO BRASIL entre 1956 e 1961, a Romi Isetta foi o primeiro automóvel nacional, mas pouca gente sabe disso, até mesmo pelo seu tamanho e porte, estava mais para uma moto do que para um automóvel propriamente dito.
Concebida na Itália, em 1952 pela fabricante de motocicletas ISO, o projeto seria um carro que custasse pouco, tivesse a manutenção barata, e fosse muito econômico, atendendo plenamente as necessidades da Europa no pós guerra.
Em 1954, a Industrias Romi S/A, sediada em Santa Barbara do Oeste, SP, compraram a licença para fabricar o Isetta no Brasil. Mas a produção em série só começou em 1956. Com apenas 2.25 metros de comprimento e um motor de 200 cm3 de 2 tempos, e 13 cv, acomodava com certa limitação 2 adultos somente e algum espaço para bagagem.
Dirigir o Romi-Isetta era uma experiência única, além de possuir uma única porta frontal, era sem comparação com qualquer veículo da época ou atual. A coluna de direção ficava entre os pedais de freio e de embreagem e a alavanca de câmbio estava à esquerda, com as quatro marchas em posição inversa do usual. A razão dessa colocação, além de não prejudicar o acesso, pode estar no espaço um tanto reduzido na cabine, que implicaria frequentes esbarrões e cotoveladas no passageiro caso o câmbio estivesse no centro. Todos os modelos possuíam teto solar de lona, talvez seria uma saída de emergência,
pois numa colisão frontal, os passageiros ficariam impedidos de sair somente pela porta.
As propagandas de época faziam alusão, ao um carro prático, fácil de dirigir, sendo indicado como segundo carro da família ou o primeiro carro para recém habilitados.
Como ele oferecia vantagens que ninguém precisava numa época de pouco trânsito de veículos nas cidades e gasolina relativamente barata no Brasil no final dos anos 50, ele deixou de ser produzido em 1961, devido à
baixa demanda.
Em 1960 o seu valor de aquisição novo, era cerca de 60% de uma Fusca que era consequentemente o segundo carro nacional mais
barato. Foi fabricado também pela BMW na Alemanha, como BMW 300 e 600 este último com 4 lugares e 2 portas e motor monocilíndrico de 600 cm3.
Continua sendo até o hoje o menor carro nacional já produzido em série e somente cerca de 3000 unidades chegaram às ruas.
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